Um grupo de profissionais liberais e empresários de Botucatu, há 17 anos se reúne todas as quintas-feiras (não falhou uma até hoje) na Chácara conhecida como Refúgio dos Carvalhos, na região do Jardim Tropical, para um jantar de confraternização, que no mês de outubro irá completar 18 anos.
O interessante é que esse dia da semana é sagrado para o grupo: não entra mulher na chácara e tudo é feito por mãos masculinas, desde a escolha do cardápio e a preparação de beliscos de frios, verduras e legumes até o jantar, propriamente dito. Podemos dizer que é um verdadeiro Clube do Bolinha.
Cada semana um cardápio diferente feito por um cozinheiro diferente. Onde se cria o que quer e o resultado final é, realmente, surpreendente. O{n} jornal Acontece {/n}acompanhou a reunião feita na última quinta-feira (dia 24) e pode saborear uma maminha assada , uma rabada de panela com mandioca, polenta e salada de agrião. Claro que no clube não poderia faltar a cerveja, o uísque, cachaça da boa e vodca. Tem até (pasmem) refrigerantes.
Um dos pioneiros desse jantar é o advogado Junot de Lara Carvalho, que sempre foi um dos maiores incentivadores desse encontro semanal. Não sei bem como começou. Marcamos o primeiro jantar e nunca mais paramos. Foi uma coisa natural. Hoje temos um grupo que toda semana se reúne aqui na chácara. Todas as quintas-feiras a partir do meio dia as pessoas começam a chegar. É o nosso momento homem, e as mulheres realmente não entram, colocou o advogado, que é um dos cozinheiros preferidos do grupo.
Para Josey de Lara Carvalho, os componentes do grupo não vêm apenas para o jantar. Existe uma cumplicidade entre todos. A nossa quinta-feira é para extravasar e deixar o corre-corre cotidiano do lado de fora da chácara. Cada um faz e fala o que quer e as conversas são as mais variadas. Em cada mesa se discute um assunto diferente. E eles são os mais variados. Fala-se em política, esportes, economia, e outros. Só não é permitido falar de trabalho, brinca Josey.
Embora a chácara conte com um campo de futebol e uma área considerável com árvores nativas, são raros os momentos em que o grupo deixa a casa. O pessoal prefere cantar, jogar baralho ou, simplesmente, bater papo para deixar as fofocas em dia. Isso começou há quase 18 anos e pelo andar da carruagem, essas reuniões vão continuar acontecendo por muito tempo, concluiu Josey Carvalho.
Fotos: Valério A. Moretto
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